Quando você aciona um interruptor que liga uma
lâmpada, na verdade está apenas fazendo com que um circuito se feche.
Neste instante, os elétrons livres, presentes na fiação da rede elétrica
da sua casa, sofrerão a influência de um campo elétrico e começarão se
movimentar. Esta é a corrente elétrica.
Mas você já se perguntou com que velocidade
estas partículas infinitamente pequenas se movem, para que a lâmpada se
ligue praticamente no momento em que é acionada?
O primeiro pensamento que vem à mente é de que
os elétrons percorrem o segmento do condutor, entre o interruptor e a
lâmpada, em uma ínfima fração de segundo, levando-nos a pensar que a
velocidade de deslocamento destes elétrons é próxima à velocidade da
luz.
Na verdade, este raciocínio induz a um grande erro.
Para chegarmos à resposta certa, devemos pensar
que o fio condutor, que normalmente é de cobre, é formado por infinitos
átomos, desde seu início até a sua extremidade mais distante.
Portanto, ao fecharmos o circuito, acionando o
interruptor, estamos fazendo com que todos os elétrons livres se
movimentem. Não necessariamente os elétrons que estão próximos a você
são os que farão a lâmpada funcionar.
Surpreendentemente, a velocidade de cada
elétron é realmente baixa, experimentalmente chega-se a resultados
próximos a 1 cm/s, variando conforme o material do condutor e as
características do local onde se encontra.
E se pensarmos que as redes no Brasil têm
caráter alternado, com frequência de 60 Hz (ou seja, o sentido do
movimento da corrente muda 120 vezes a cada segundo), provavelmente
chegaremos à conclusão de que é possível que os elétrons livres que
estão próximos a sua mão no momento em que você aciona um interruptor
podem nunca chegar a atravessar todo o segmento de fio, a ponto de
realmente chegarem à lâmpada a qual está ligado.
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